terça-feira, 1 de junho de 2010

R.E.M. - It's the End of the World As We Know It (And I Feel Fine)



Os R.E.M., por extenso, Rapid Eye Movement, surgiram em 1980 na cidade de Atenas, na Geórgia, e na altura eram apenas um duo formado por Mike Mills e Bill Berry. Os dois tinham andado juntos na escola e feito parte de várias bandas durante os tempos da adolescência.
Michael Stipe tocava em bandas de versões em St. Louis e, em 1978, ingressou na Universidade de Geórgia com o intuito de estudar arte. Foi aí que começou a ser um frequentador assíduo da loja de discos Wuxtry. Peter Buck, por outro lado, proveniente da Califórnia, estava a trabalhar nessa loja e era um comprador compulsivo de discos, que coleccionava tudo, desde o rock e punk até ao jazz. Ao descobrirem que tinham gostos musicais semelhantes, Stipe e Buck começaram a trabalhar juntos. Os quatro começaram a encontrar-se esporadicamente através de um amigo comum. Tocaram, pela primeira vez, como banda em Abril de 1980, ainda sob o nome de Twisted Kites, mas não contentes com essa designação, optaram pelo nome R.E.M., depois de efectuarem uma pesquisa aleatória no dicionário.
O primeiro single, "Radio Free Europe", surgiu em 1981, pela mão da editora local independente Hib-Tone, e só teve direito a uma tiragem de 1000 cópias. No entanto, a maioria dos singles foi parar às mãos das pessoas certas, o que valeu à banda um contrato com com nova editora, a I.R.S. Records, para qual editaram o EP "Chronic Town".
O primeiro álbum de originais chegou às lojas em 1983, entitulado "Murmur", e foi muito bem recebido pela crítica, tendo inclusivamente recebido o título de melhor álbum do ano pela Rolling Stone. "Reckoning" foi editado em 1984 e, mais uma vez, os R.E.M. foram apoiados pelas rádios universitárias, que juntamente com as constantes digressões efectuadas ajudou a solidificar a popularidade da banda. No ano seguinte, o grupo lançou "Fables of the Reconstruction", um álbum gravado em Londres e produzido por Joe Boyd, que apesar de ter surgido numa altura difícil devido ao cansaço provocado pelas intermináveis digressões, foi o álbum que mais vendeu até então. O seu sucessor foi "Lifes Rich Pageant", cuja produção ficou, desta vez, a cargo de Don Gehman, responsável por trabalhos anteriores de John Mellencamp. Editado em 1986, o disco recebeu críticas bastante positivas e ultrapassou o volume de vendas do anterior. No ano seguinte, o disco de platina "Document" não deixou dúvidas acerca do sucesso generalizado dos R.E. M., que graças ao single "The One I Love", entrou para o top dos dez mais vendidos no mercado norte-americano.
Em 1988, a banda deixou a I.R.S. Records e passou a fazer parte do catálogo da Warner Bros. "Green", o sucessor de "Document", foi editado em 1988, e repetiu a dose de êxito alcançado pelo disco anterior, conquistanto a dupla platina, ajudado por uma digressão internacional que terminou em 1989.
Em 1990, o grupo deu início às gravações de "Out of Time", editado em 1991, que liderou as tabelas do Reino Unido e dos Estados Unidos e cujo tema de apresentação, "Losing My Religion", foi o mais bem sucedido single de sempre da banda.
Um ano depois, os R.E.M. surgiram com o prometido álbum rock, embora muito suave, "Automatic For the People" e, em 1994, o quarteto editou "Monster", retomando assim o seu lado mais rockeiro, e regressando à estrada em 1995 após um intervalo de seis anos. Passados dois meses em digressão, Bill Berry foi vítima de um aneurisma cerebral; algum tempo depois, Mills teve de remover um tumor intestinal e, no mês seguinte, Stipe foi operado de emergência depois de lhe ter sido detectada uma hérnia. Em 1996, foi editado "New Adventures in Hi-Fi", um fracasso comercial em comparação com os discos anteriores. No ano seguinte, Berry anunciou a sua saída da banda. O grupo seguiu o seu percurso, agora em formato reduzido a trio, e começou a trabalhar no sucessor do álbum de 1996, no Hawai. Em 1998, foi editado "Up", um dos álbuns mais experimentais da banda, que foi sucedido três anos mais tarde por "Reveal", um disco que trouxe como brinde uma série de revelações por parte da banda, mais concretamente da parte de Michael Stipe que assumiu a sua homossexualidade nas entrevistas de apresentação do álbum.
Em 2008, os REM redimem-se do falhanço assumido de "Around the Sun" (que não cativou nem fãs, nem críticas, nem a própria banda), fazendo um álbum eléctrico à altura do seu título "Accelerate".




1 comentário:

tania disse...

em portugues chamar-se-ia "é o fim do mundo em cuecas" (momento parvo do dia)