domingo, 1 de agosto de 2010

Placebo - Pure Morning



O encontro que deu origem aos Placebo ocorreu no Luxemburgo, quando Brian Molko se cruzou com Stefan Olsdal. O primeiro é britânico, filho de um escocês e de uma americana, e o segundo, sueco. A reunião acabou por não ser muito produtiva, e só acabou por ter os seus frutos anos mais tarde, quando a dupla se reencontrou em Londres.

A junção do talento do duo europeu resultou na formação dos Ashtray Heart, em conjunto com o baterista Robert Schultzberg. A designação do agrupamento foi efémera, tal como a prestação de Schultzberg que, pouco tempo depois, foi substituído por Steve Hewitt, ex-Breed. A adopção do nome Placebo ocorreu logo a seguir. O primeiro conjunto de originais da banda europeia surgiu em 1996. O auto-intitulado "Placebo" foi, segundo palavras de Molko, um álbum com uma mensagem muito sexual. A produção esteve a cargo de Brad Wood, que tinha colaborado com nomes como Liz Phair, Sunny Day Real Estate ou os Jesus Lizard. "Nancy Boy", um dos singles extraídos, chegou ao quarto lugar do top britânico.

O restante ano de 96 e parte de 97 foram dedicados à realização de concertos. A banda, desde a sua estreia, teve a atenção de alguns nomes consagrados no mundo da pop e não só. Assim, nomes como Bono dos U2, David Bowie, Michael Stipe ou Marilyn Manson expressaram desde logo a sua especial apreciação pelo som dos Placebo. A digressão feita durante esses anos incluiu tocarem na abertura de alguns concertos da PopMart Tour dos U2, e a presença na festa do 50º aniversário de David Bowie no Madison Square Garden de Nova Iorque.

"Without You I'm Nothing" de 1998 foi o segundo registo do grupo. O longa duração, com temas como "Pure Morning" e "Every You And Every Me" deu ainda mais vigor à identificação da banda com os idos anos 70. Desde a sua formação que o grupo foi por várias vezes identificado com o glam rock, e com alguns ícones da época como foi o alter ego criado por David Bowie, Ziggy Stardust. A imagem da banda ficou ainda mais ligada ao género depois da aparição no filme "Velvet Goldmine", protagonizado por Ewan McGregor e produzido por Michael Stipe. Mas esta estreita ligação foi de pronto recusada pelos próprios elementos da formação, que preferiam ver a banda dentro de um género mais aproximado ao pós-punk.

O ano 2000, viu a edição de mais um conjunto de originais, "Black Market Music". O álbum reflectiu, de certa forma, como que uma viragem nas criações da banda.

Os temas aí constantes são feitos de sons mais duros, claramente aproximados ao tal género pós-punk atrás referenciado como sendo o que mais se identifica com as preferências dos membros dos Placebo. Novo álbum de originais, intitulado "Sleeping With Ghosts", foi editado em 2003, e apresentado ao vivo no nosso país em dois concertos realizados nos Coliseus de Lisboa e Porto.

Também no mesmo ano, Brian Molko colaborou no projecto de Dimitri Tikovoi, os Trash Palace, ao lado de músicos como John Cale.

Em 2004, os Placebo lançam o best of "Once More With Feeling: Singles 1996 - 2004", com os inéditos 'I Do' e 'Twenty Years', e em 2005 actuam na extensão parisiense do Live 8.

Em 2006 chega "Meds", um álbum apresentado pelos singles 'Because I Want You' e 'Song To Say Goodbye'. Michael Stipe, dos REM, e Alison "VV" Mosshart, dos The Kills, são as vozes convidadas.

Em 2008, os Placebo trocam de baterista: o inglês Steve Hewitt dá lugar ao norte-americano Steve Forrest que vinha da banda punk Evaline. No ano seguinte, os Placebo editam o álbum esforçadamente mais optimista "Battle for the Sun".

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