Beck - Sexx Laws

Os sons produzidos por Beck são o resultado de uma amálgama de estilos diferentes que vão do pop ao hip hop, passando pelo folk e pelo rock, sempre com muito improviso à mistura, e é isso que faz dos seus discos experiências únicas.

Beck nasceu em 1970 em Los Angeles, na California, filho de David Campbell, um músico de rua e de Bibbe Hansen que tinha sido criada no ambiente artístico dos anos 60 da Factory de Andy Warhol de Nova Iorque, o que a dotou de uma mente muito aberta - no princípio dos anos 80, a senhora ofereceu a sua casa à comunidade punk hard-core de L.A. No entanto, a música de Beck reflecte hoje mais influências do blues de Leadbelly e de Mississippi John Hurt do que do movimento punk.

Beck começou a tocar nas ruas de L.A., cidade que trocou por Nova Iorque, em 1989, onde actuou em discotecas anti-folk. Foi em sua casa que Beck começou a gravar maquetas, que chegaram às mãos de Tom Rothrock, o dono da Bongload Records, que acabou por apresentar o artista ao produtor Karl Stephenson. Não demorou muito até Beck ter começado a gravar em casa de Stephenson, e um dos seus primeiros temas teve por base apenas uma guitarra e uma improvisação estilo rap. Quando confrontado com a falta de palavras, Beck introduziu o refrão "I'm a loser baby, so why don't you kill me?", e assim surgiu a sua canção mais célebre. No entanto, só um ano depois, em 1993, o cantor assinou contrato com a Bongload Records, o que fez com que o single só então fosse editado. Com uma tiragem de cinco mil cópias, "Loser" tornou-se num êxito devido à rodagem intensa de que foi alvo nas rádios alternativas.

Rapidamente, Beck tornou-se num motivo de disputa entre editoras, mas acabou por se juntar à DGC Records, que lhe garantiu total liberdade artística. O álbum de estreia, "Mellow Gold", editado em 1994, foi alvo de críticas muito positivas e entrou para o top10 das tabelas americanas, conquistando o estatuto de disco de ouro.

Como o contrato de Beck com a nova editora previa que se o músico pretendesse editar discos que ambos conotassem de "não-comerciais", teria de o fazer pela mão de editoras independentes, os dois trabalhos que sucederam a "Mellow Gold", nomeadamente "Stereopathetics Soul Manure" e "One Foot in the Grave" foram editados, respectivamente, pela Flipside Records e pela K Records.

O segundo álbum gravado para a DGC, "Odelay", foi editado em 1996 e contou com a colaboração dos Dust Brothers nas gravações de onze dos seus treze temas. Mais uma vez, Beck recebeu críticas muito positivas, tendo sido considerado por muito críticos como "álbum do ano", e vencido o Grammy para "Best Alternative Music Performance". A edição de "Mutations" foi rodeada por uma série de imprevistos. Beck pretendia que o sucessor de "Odelay" fosse um disco independente, no entanto, a popularidade de que passou a gozar não o permitiu, e o cantor viu o seu contrato com a Longboad passar para as mãos da Geffen, que acabou por ser a responsável pelo lançamento do álbum, em 1998.

O ano seguinte, foi marcado pela edição de "Midnite Vultures", um disco que valeu a Beck a aclamação da crítica que o apelidou por várias vezes de "pequeno príncipe". Três anos depois o músico editou novo álbum de originais, initulado "Sea Change".

"Guero", álbum que contou com a colaboração de nomes com os Dust Brothers ou Jack White, dos White Stripes, chegou às lojas em 2005.

Nas obras subsequentes, "Information" (de 2006) e "Modern Guilt" (de 2008), Beck não prescinde do gozo do ritmo, mas adoptando um método mais ambientalista e cerebral.